Oxigênio nasal de alto fluxo versus ventilação não invasiva em pacientes com Insuficiência Respiratória Aguda
A insuficiência respiratória aguda (IRA) é uma condição crítica que requer intervenções rápidas e eficazes para garantir a oxigenação adequada dos tecidos e evitar a falência de múltiplos órgãos. Tradicionalmente, a ventilação não invasiva (VNI) tem sido uma das principais estratégias utilizadas nesses casos, especialmente em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e edema agudo de pulmão. No entanto, nos últimos anos, o oxigênio nasal de alto fluxo (ONAF) tem ganhado espaço como uma alternativa promissora. Essa técnica fornece oxigênio aquecido e umidificado em fluxos elevados, melhorando a troca gasosa, reduzindo o esforço respiratório e oferecendo maior conforto ao paciente.
Estudos comparativos recentes entre o ONAF e a VNI em pacientes com IRA têm mostrado resultados interessantes. Em muitos casos, o ONAF demonstrou eficácia semelhante à da VNI na melhora da oxigenação e na redução da necessidade de intubação orotraqueal. Além disso, o uso do ONAF está associado a maior tolerância por parte dos pacientes, menos complicações relacionadas à interface (como lesões faciais) e menor necessidade de sedação. Esses benefícios são particularmente relevantes em ambientes de terapia intensiva, onde o conforto do paciente e a facilidade de manejo são fundamentais para a adesão ao tratamento e para melhores desfechos clínicos.
Contudo, a escolha entre ONAF e VNI deve ser individualizada, considerando o perfil clínico do paciente, a gravidade da hipoxemia e a etiologia da insuficiência respiratória. A VNI ainda pode ser mais indicada em casos de acidose respiratória significativa ou quando há necessidade de maior suporte ventilatório. Já o ONAF pode ser preferido em pacientes com desconforto respiratório moderado e hipoxemia sem hipercapnia, oferecendo uma estratégia menos invasiva e com boa eficácia. Assim, a decisão terapêutica deve envolver uma avaliação criteriosa da equipe médica, levando em conta os dados clínicos e a resposta inicial ao suporte oferecido.
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