Fibrinolise para pacientes com risco intermediário em embolia pulmonar
Ainda no tema de circulação pulmonar, nosso artigo de hoje é mais antigo mas é um artigo importantíssimo nesse tema!
A fibrinólise em pacientes com embolia pulmonar (EP) de risco intermediário é um tema de debate contínuo na medicina de emergência e cuidados intensivos. Esses pacientes não apresentam instabilidade hemodinâmica (como hipotensão sustentada), mas têm evidências de disfunção do ventrículo direito e/ou marcadores laboratoriais de lesão miocárdica elevados. O desafio está em equilibrar os benefícios da reperfusão — como a redução da progressão para choque ou morte — com os riscos aumentados de sangramento associados à terapia fibrinolítica, especialmente hemorragia intracraniana.
Estudos como o PEITHO mostraram que, embora a fibrinólise reduza eventos clínicos graves a curto prazo, ela aumenta significativamente o risco de sangramento maior, sem impacto claro na mortalidade global. Por isso, as diretrizes atuais recomendam a fibrinólise somente em casos selecionados, como pacientes com risco intermediário-alto que demonstram deterioração clínica progressiva, mesmo com anticoagulação adequada. A decisão deve ser sempre individualizada, considerando fatores como idade, comorbidades e risco hemorrágico, e idealmente feita em conjunto com uma equipe multidisciplinar.
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